quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Projeto obriga políticos a matricular filhos em escolas públicas

O Senador Cristóvão Buarque apresentou um projeto de lei que, embora bem intencionado, certamente o conduzirá ao Inferno.

O projeto é aquele já referido em diversas discussões, em que se obrigariam os políticos a matricular seus filhos em escolas públicas. Pelos fundamentos o ilustre senador acredita que isso faria melhorar o ensino público.

No entanto não é tão simples assim. Em primeiro lugar esquece o ilustre parlamentar que os filhos de políticos costumam ter uma mãe que pode não ser política. Obrigá-la a algo em virtude do exercício do mandato de seu marido, e ainda com conseqüências na educação de seus pimpolhos, é algo que parece não encontrará guarida na Constituição.

Ainda que assim não fosse se poderia estar gerando um carossel da alegria: obrigados a matricular seus filhos em escolas públicas, com certeza estes mesmos políticos teriam garantidos aos seus rebentos a educação em tais condições durante toda a sua vida estudantil (embora a redação original refira a educação básica). O que corresponderia, por conseguinte, ao ingresso extravestibular nas cobiçadas universidades públicas, as quais, por coincidência, ficam nas capitais de estados e país.

Ou seja os eleitos para parlamentos e executivo estadual, bem como os detentores de cargos federais garantiriam as vagas de seus descendentes nas universidades públicas, o que, se somando a cotistas e outros quetais, excluiria inteiramente a possibilidade de você, cidadão comum, pleitear uma vaga qualquer em uma universidade pública, caindo, literalmente, na privada.

Abaixo o projeto “genial”.

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº , DE 2007

Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.

Art. 2º Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.

Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.

JUSTIFICAÇÃO

No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público.

Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas. Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.



Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.

Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais – vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice-Presidente da República – deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoras.

O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:

a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;

b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.

c) financeiro: evitará a “evasão legal” de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;

d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.

Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão.

Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.

Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações – uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo –, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.

Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.

Sala das Sessões,

Senador CRISTOVAM BUARQUE

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

38 imagens divertidas, inusitadas, bizarras, incomuns e loucas

Quer ter momentos de pura descontração? Veja uma seleção de 38 imagens puramente criativas, com pitadas de humor, maluquices, e algumas delas com muita loucura também. Pura diversão. Confira!

































quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Plano Nacional de Educação (2011-2020) contempla Educação Fiscal
Conferência Nacional de Educação em Brasília
01/06/2010

A Conferência Nacional de Educação (Conae), que ocorreu na cidade de Brasília, contou com a participação da sociedade em geral, agentes públicos, estudantes e profissionais da educação. A partir da Conae, foi instituído um Documento Final que contribui na construção de políticas de Estado para a educação nacional.
O documento expressa a efetivação do direito social à educação de qualidade para todos os cidadãos, realizando um dos principais objetivos da Conae, o de mobilizar a sociedade em prol da educação. O Documento Final é o principal passo, para a construção de um novo Plano Nacional de Educação (2011-2020) com a efetiva participação das sociedades civis e políticas.
Quanto à organização das políticas de financiamento, entre as diversas questões que envolvem o Sistema Nacional de Educação, deve-se incluir a necessidade de uma reforma tributária que promova a melhoria na distribuição das receitas destinadas à educação. Essa reforma tributária deve estabelecer que os tributos do orçamento fiscal, façam parte da conexão de recursos destinados à educação pública.
Vale ressaltar, que as diretrizes de todo o país que compuseram a Conae, decidiram por implantar a Educação Fiscal no atual Plano Nacional de Educação. Entre elas, a disseminadora e tutora de Educação Fiscal, Mara Colomby, representante da Receita Federal de Pelotas e que esteve entre os representantes do Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF).
“O grande diferencial a ser destacado na Conae, foi o trabalho que foi feito antes, de divulgação da proposta de Emenda junto aos representantes municipais e estaduais – delegados, e a solicitação de apoio às Associações dos Municípios e Conselhos Municipais de Educação e outros segmentos. Esse trabalho foi realizado em todo o país com a ajuda de toda a Rede de Educação Fiscal. Por fim, houve uma estrutura disponibilizada no estande da Escola de Administração Fazendária (ESAF), na Conferência, que possibilitou e facilitou o trabalho de disseminação no decorrer do evento. A aprovação a respeito da inclusão da Educação Fiscal no Plano Nacional de Educação, foi obtida na plenária em Brasília quase que por unanimidade. A satisfação sentida pela equipe que representou o PNEF na Conferência, foi ver o resultado desta grande corrente disseminação do Programa”. Mara R. Colomby - Receita Federal do Brasil
Abaixo segue o trecho do Plano Nacional de Educação que instituiu a Educação Fiscal como garantia no currículo escolar:
No tocante à educação fiscal deve-se:
Garantir que os conteúdos da Educação Fiscal para cidadania componham currículo obrigatório na formação dos/as profissionais de educação, em todos os níveis, etapas e modalidades de ensino; possibilitar que o Sistema Nacional de Educação e as entidades da sociedade civil organizada, órgãos públicos de controle e fiscalização, escolas de governo e demais parceiros atuem articulados às ações e projetos de educação fiscal; estimular atividades práticas para o exercício da cidadania e do controle social assegurando a participação popular na gestão do Estado; fomentar o debate em torno das políticas públicas capazes de reduzir as desigualdades sociais; ser um instrumento de promoção permanente do Estado Democrático de Direito; difundir informações que possibilitem a construção da consciência cidadã em torno do papel social dos tributos, dos bens e orçamentos públicos; informar, à sociedade, sobre os efeitos lesivos da corrupção, da sonegação fiscal e da má gestão dos recursos públicos; e, garantir financiamento de programas de extensão, pesquisas e projetos de servidores públicos, com vistas à construção de conhecimentos relativos à Educação Fiscal.
O texto com a íntegra do Plano Nacional (2011-2020) pode ser conferido através do link:

http://conae.mec.gov.br/images/stories/pdf/pdf/doc_base_documento_final.pdf
Confira aqui o novo PNE 2011. pdf
Lula diz que envia novo Plano Nacional de Educação ao Congresso na quarta-feira
Publicidade
AGÊNCIA BRASIL


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira que vai enviar o novo PNE (Plano Nacional de Educação) ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira (15). "Estaremos deixando público o compromisso do governo brasileiro até 2020", disse em seu programa semanal Café com o Presidente.

Entidades da área educacional já haviam pedido urgência na divulgação do texto. Uma carta foi enviada ao MEC (Ministério da Educação) e à Presidência da República para que o projeto fosse encaminhado ao Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, que deve começar nesta semana, logo que for votado o Orçamento de 2011.

Lula lembrou que o novo PNE não deve ser visto como um programa de governo, uma vez que tem a duração de dez anos. "O que é importante é que as metas são ambiciosas", disse, ao citar a previsão de chegar a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) investidos em educação até 2020.

"[A qualidade da educação] é um desafio para a futura presidenta do Brasil, a companheira Dilma Rousseff. É um desafio para quem for escolhido por ela para ser ministro da Educação", afirmou.

Lula destacou os investimentos em educação superior feitos nos últimos oito anos, mas avaliou que é preciso, a partir de agora, "mais ousadia" no ensino fundamental.

O atual Plano Nacional de Educação vigora até 31 de dezembro.
Educação está de mudança
Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC

O prédio do Centro de Formação de Professores de Mauá, inaugurado nesta semana, deve abrigar em breve as instalações da Secretaria de Educação. Atualmente instalados em um prédio alugado na Vila Bocaina, todos os funcionários da Pasta deverão ser alocados no novo endereço, ao lado do terminal rodoviário.

O espaço, que originalmente sediaria a Biblioteca Municipal, ficou conhecido na cidade como ‘elefante branco'', já que demorou seis anos para ficar pronto e custou R$ 10 milhões.

A Prefeitura afirma que ainda não decidiu se irá transferir os servidores nem quando isso será feito. Entretanto, a equipe do Diário entrou em contato com o setor e conversou com funcionários, que confirmaram a mudança.

"Conheço muita gente da Educação. Eles foram avisados de que a mudança seria realizada dentro de um mês", revela o ex-prefeiturável Mateus Prado (PSDC). "Não vai existir este centro de formação. O prédio será todo ocupado pela secretaria", completa.

Na quarta-feira, quando ocorreu a inauguração, o Diário esteve no segundo andar do prédio, mas foi impedido de conhecer os pavimentos superiores. "Não deixaram a reportagem subir para não mostrar que lá em cima já está tudo dividido em salas", acusa. A Prefeitura não comentou a afirmação.

O educador, que é presidente nacional do Instituto Henfil, informa que a administração municipal comprou, inclusive, novos móveis para os funcionários. "Avisaram que teriam de se mudar apenas com a bolsa." Segundo Prado, a Prefeitura irá doar os móveis atuais para outras secretarias.

Para o vereador de oposição Manoel Lopes (DEM), a mudança seria positiva. O parlamentar acredita que os 12 andares do prédio não serão totalmente utilizados nos cursos de capacitação. "Se não tiver a secretaria ali, o prédio ficará ocioso. Seria praticamente inútil", avalia.

ORÇAMENTO
Para Mateus, o local foi caracterizado pela Prefeitura como centro de formação apenas para entrar nas verbas da Educação. A Constituição Federal diz que os municípios têm de investir 25% das receitas no setor. "Uma escola entra nos 25%, agora não sei se o equipamento, na função de secretaria, entra." O TCE (Tribunal de Contas do Estado) foi procurado para comentar o caso, mas não se manifestou.

Secretaria esteve perto de ser despejada

Caso a mudança da Secretaria de Educação seja efetivada, será a segunda realocação da Pasta em menos de três anos. No fim de 2008, a repartição foi transferida do Centro para a Rua Almirante Barroso, na Vila Bocaina, onde antes funcionava a escola Humberto de Campos.

A mudança ocorreu pois a Prefeitura cedeu o prédio, localizado na Rua Antônia Rosa Fioravanti, para o governo do Estado, que implementou no local uma unidade da Etec (Escola Técnica Estadual).

Em 2009, a secretaria esteve próxima de ser despejada por falta de pagamento de aluguel. O valor gasto mensalmente com a locação é de cerca de R$ 19 mil. Na época, a Prefeitura atrasou o pagamento dos aluguéis de outros prédios utilizados pelo poder público. A Companhia da Polícia Militar no município também foi ameaçada de despejo.



Conselho de educação aprova novas diretrizes para ensino fundamental
12/12/2010 - 10h42
DA AGÊNCIA BRASIL

As novas diretrizes curriculares para o ensino fundamental de nove anos foram aprovadas pelo CNE (Conselho Nacional de Educação). Uma das determinações do órgão é que todos alunos devem ser plenamente alfabetizados até os oito anos. O CNE ainda recomenda que as escolas não reprovem os alunos até o terceiro ano dessa etapa.

O parecer já foi homologado pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, e deve ser publicado na próxima terça-feira no DO (Diário Oficial da União). "Nossa orientação é muito clara: todas as crianças têm direito de aprender e as escolas devem assegurar todos os meios para que o letramento ocorra até os oito anos. Não é uma concepção simplista de que defendemos a aprovação automática", explica o conselheiro César Callegari, relator do processo.

O parecer recomenda que os três primeiros anos do ensino fundamental sejam considerados um bloco único, um ciclo de aprendizagem. Durante esse período, a escola deve acompanhar o desempenho de cada aluno para garantir que ele seja alfabetizado na idade correta. O texto ressalta que cada criança tem um ritmo diferente nesse processo, que, por isso, deve ser contínuo.

"Assim como há crianças que depois de alguns meses estão alfabetizadas, outras requerem de dois a três anos para consolidar suas aprendizagens básicas, o que tem a ver, muito frequentemente, com seu convívio em ambientes em que os usos sociais da leitura e escrita são intensos ou escassos, assim como com o próprio envolvimento da criança com esses usos sociais na família e em outros locais fora da escola", diz o documento.

"A descontinuidade e a retenção de alunos têm significado um grande mal para o país. Sobretudo para crianças nessa fase, não tem cabimento nenhum atribuir à criança a insuficiência da aprendizagem quando a responsabilidade é da escola", defende o conselheiro Callegari.

ATUALIZAÇÃO CURRICULAR

O parecer determina quais são as disciplinas básicas do ensino fundamental, atualizando o currículo após a criação de leis que tornaram obrigatório, por exemplo, o ensino da música. O próximo passo do conselho, segundo Callegari, será determinar "expectativas de aprendizagem" para cada fase, ou seja, o que cada criança brasileira tem o direito de aprender em cada série ou bloco. O MEC (Ministério da Educação) está trabalhando nisso junto com estados, municípios e pesquisadores.

"Isso tem a ver com a subjetividade do direito, as crianças têm direito não só à educação, mas à aprendizagem. Nós temos que dizer com clareza quais são essas expectativas para que todos se comprometam com a sua realização", afirma.

O conselheiro acredita que essa definição vai orientar a organização dos currículos, que, na opinião dele, hoje se pautam por avaliações como a Prova Brasil e o Enem. "É uma inversão completa. São os currículos que devem orientar as avaliações, e não o contrário. Queremos que as escolas e sistemas de ensino construam seus currículos, mas a partir dessas expectativas. Isso é particularmente importante neste momento em que vivemos uma fragilidade na formação inicial dos professores", avalia.
Professor será eixo central do novo Plano Nacional de Educação
13/12/2010 10:08, Redação, com ABr - de Brasília

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que a valorização do professor será o eixo central do novo Plano Nacional de Educação (PNE), que deve ser entregue pelo governo ao Congresso Nacional nesta quarta-feira.

Durante participação no programa Café com o Presidente, Haddad afirmou que o texto terá metas para cada etapa da educação, desde a infantil até a profissional. Mas, segundo ele, a próxima década precisa ser do professor.

– O professor brasileiro ainda ganha, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior, e nós queremos encurtar essa distância para que a carreira do magistério não perca talentos para as demais profissões –, disse.

O ministro lembrou que, na semana passada, dados do Programa Internacional de Avaliação Estudantil (Pisa) indicaram que o Brasil foi o terceiro país avaliado que mais evoluiu na qualidade da educação – ficando atrás de Luxemburgo e do Chile.

Para Haddad, o estudo demonstra que a educação brasileira está “no rumo certo”, crescendo em quantidade mas também em qualidade.

– Agora, trata-se de acelerar o passo –, concluiu.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva garantiu que vai enviar o novo Plano Nacional de Educação (PNE) ao Congresso Nacional na próxima quarta-feira.

– Estaremos deixando público o compromisso do governo brasileiro até 2020 –, disse em seu programa semanal Café com o Presidente.

Entidades da área educacional já haviam pedido urgência na divulgação do texto. Uma carta foi enviada ao Ministério da Educação (MEC) e à Presidência da República para que o projeto fosse encaminhado ao Congresso Nacional antes do recesso parlamentar, que deve começar nesta semana, logo que for votado o Orçamento de 2011.

Lula lembrou que o novo PNE não deve ser visto como um programa de governo, uma vez que tem a duração de dez anos.

– O que é importante é que as metas são ambiciosas –, disse, ao citar a previsão de chegar a 7% do Produto Interno Bruto (PIB) investidos em educação até 2020.

– A qualidade da educação é um desafio para a futura presidenta do Brasil, a companheira Dilma Rousseff. É um desafio para quem for escolhido por ela para ser ministro da Educação –, afirmou.

Lula destacou os investimentos em educação superior feitos nos últimos oito anos, mas avaliou que é preciso, a partir de agora, “mais ousadia” no ensino fundamental.

O atual Plano Nacional de Educação vigora até 31 de dezembro.

Governo terá como foco valorização do professor
13/12/2010 - 11:38

É o que garante o ministro da Educação, Fernando Haddad.
Em sintonia com a opinião de especialistas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o eixo central do novo Plano Nacional da Educação será a valorização do professor. O PNE estabelecerá metas de educação para a década 2011-2020, já que o atual plano perde sua validade no dia 31 de dezembro deste ano.

Durante sua participação no programa de rádio Café com o Presidente, Haddad afirmou que o texto terá metas para cada etapa da educação, desde a infantil até a profissional. Mas, segundo ele, a próxima década precisa ser do professor. “O professor brasileiro ainda ganha, em média, 60% do que ganham os demais profissionais de nível superior, e nós queremos encurtar essa distância para que a carreira do magistério não perca talentos para as demais profissões”, disse.

Ainda no programa de rádio, o ministro apontou que dados do Programa Internacional de Avaliação Estudantil (Pisa) indicaram que o Brasil foi o terceiro país avaliado que mais evoluiu na qualidade da educação. Para Haddad, o estudo demonstra que a educação brasileira está “no rumo certo”, crescendo em quantidade mas também em qualidade. “Agora, trata-se de acelerar o passo”, afirmou.

Metas - O PNE é responsável por determinar os rumos da educação no país durante os próximos dez anos. A cada década, são traçados objetivos e metas para todos os níveis de ensino brasileiros, da creche ao ensino superior.

A divulgação do novo PNE estava prevista para acontecer na primeira semana de dezembro, mas teve seu lançamento adiado. Entidades da área da educação pressionam o governo e chegaram, inclusive, a enviar uma carta ao presidente Luis Inácio Lula da Silva solicitando a votação do plano pelo Congresso antes do recesso parlamentar, que deve começar nesta semana. Lula garantiu nesta segunda que o PNE será apresentado nesta quarta-feira aos parlamentares.

Foto: Agência Estado: Com 212 votos contrários, 144 a favor e cinco abstenções, o plenário da Câmara rejeitou...

Com 212 votos contrários, 144 a favor e cinco abstenções, o plenário da Câmara rejeitou na noite desta terça-feira um projeto de lei que permitia a volta da exploração legal dos bingos no Brasil, proibida desde 2004.

PUBLICIDADE

A proposta do deputado João Dado (PDT-SP) entrou na pauta depois de um acordo que envolveu o governo, os líderes partidários e os governadores e obteve, na semana passada, preferência para votação com a aprovação do regime de urgência.
Para que entrasse em vigor, a medida deveria passar pela Câmara, pelo Senado e por fim, receber a sanção presidencial.

Prefeitura vai fechar algumas escolas

Segunda-feira, 25.10.2010, 12:07pm
Da redação
ojornal@mdbrasil.com.br


A diretora do DEMEC (Departamento Municipal de Educação e Cultura), Maria Cristina Rangel Martinez, confirmou ao “O Jornal” que para diminuir custos, algumas escolas de tempo integral serão fechadas e os alunos serão remanejados para outras escolas.
“É verdade sim [o fechamento de algumas escolas de tempo integral em 2011]. Nós temos 8 escolas de tempo integral, mais as CEMEIs e as pré-escolas. Neste momento, nós estamos fazendo o planejamento para 2011. É o momento em que sabemos a demanda que nós temos para o ano que vem. Estudando a demanda, percebemos que algumas escolas em alguns bairros possuem 90 ou 110 alunos e as escolas próximas estão ociosas. Nós não estamos acabando com as escolas de tempo integral, apenas as escolas maiores receberão as menores. Porque aí evita gastos, é menos um diretor, um coordenador, menos funcionários. Vamos continuar atendendo em período integral, mas estamos racionalizando”, explicou Cristina Rangel.
A diretora não sabe ainda quantas escolas vão fechar. “No momento eu não posso afirmar quantas escolas serão fechadas. Vai depender do bairro. Santaella por exemplo, não tem outra escola próxima, é só o Augusto Vieira que é distante e não consegue atender. As demais não posso falar pois nós não efetuamos legalmente o que vai acontecer. Já comecei a fazer reuniões com as regiões e agora tenho que fechar os dados que tenho com todos os diretores aqui no Departamento para que a gente possa se pronunciar”, destaca Cristina Rangel.
Bebedouro conta atualmente com oito escolas de tempo integral: EMEB Apparecida Zacarelli Molinari (Jd. Cláudia I), Arnaldo de Rosis Garrido (Jd. Alvorada), João Pereira Pinho (Jd. Tropical), José Caldeira Cardoso (Jd. De Lúcia), Lellis do Amaral Campos (Jd. Alto da Boa Vista), Maria Fernanda Lopes Piffer (Residencial Antônia Santaella), Paulo Rezende Torres de Albuquerque(Residencial Bebedouro) e Alfredo Naime (Povoado de Andes).
“Algumas escolas têm cerca de 100 alunos e isso cabe dentro de uma outra. Nós temos escolas com 15 alunos por classe, quanto a média é 25. Dessa forma uma escola consegue atender a outra. É uma forma de racionalizar. Essa questão estamos fazendo em conjunto com os diretores”, explica a diretora do DEMEC.
A expectativa da diretora é que ocorra uma boa redução de custos. “Nas escolas com 100 alunos, tem diretor, professor-coordenador, cerca de 5 a 8 funcionários, instrutores, professores, quer dizer que acaba reduzindo custos pois um professor que trabalhava com 15 alunos vai trabalhar agora com 25. Nas escolas do Estado é 35 ou 40 alunos. Nós colocamos 25 até o terceiro ano e nas demais séries 30. O nosso número já é reduzido a partir da portaria de demanda que foi publicada. Só que nós precisamos enxugar porque tem classes que estão com 15 alunos”, afirma Cristina Rangel.
A diretora nega que vá haver demissão pois os funcionários efetivos serão mantidos e parte dos contratados não terão seus contratos renovados, o que embora ela não admita é demissão. “Não tem demissão, pois diversos diretores são contratados. São professores que foram afastados para assumir a direção. Temos escolas sem direção efetiva, porque o nosso compromisso é com os efetivos. Com relação aos efetivos, não vai ter problema nenhum. Nós temos instrutores espalhados por várias escolas e se concentrarmos tudo em poucos lugares, diminuiremos o número de instrutores. Foram contratados através de processo seletivo e por isso não temos aquele compromisso de ser obrigado a ficar com eles. Ninguém efetivo será dispensado”, esclarece a diretora do DEMEC.
Questionada sobre a necessidade de transporte para levar os alunos das escolas fechadas, a diretora do DEMEC destacou que não será necessário, pois a distância entre as escolas é curta.
A previsão da diretora é que nos próximos dias sejam definidas as escolas que serão fechadas. “Precisamos resolver isso com urgência pois em meados de novembro começam as atribuições. Vamos ter as remoções agora e depois começam as atribuições. Estamos racionalizando porque estamos tratando com dinheiro público que deve ser gasto com decência onde precisa. Nossa folha de pagamento com tudo isso aí está ultrapassando o que a gente recebe do Fundeb”, explicou Cristina Rangel.
A diretora explicou ainda que a informação sobre o fechamento das escolas não era para ter sido divulgada, mas o pessoal acabou levando o assunto para os ouvidos dos vereadores. “Essa informação não era para ser ventilada, mas tem o pessoal que trabalha com 90 alunos e agora vai ter que trabalhar com 600, como acontece no Pinho onde tem mais de 600 alunos e o diretor ganha a mesma coisa daquele que trabalha com 90 e com relação a isso eles vão ter que trabalhar mais. A responsabilidade é maior, então teve gente que já bateu no ouvido de vereador e acabou desenrolando tudo isso. Mas tudo bem, tenho a consciência tranquila de que estou fazendo o melhor para a Educação”, finalizou Cristina Rangel.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Modismos pedagógicos que caem por terra
A edição desta semana da revista Veja mostra, mais uma vez, que não é seguro se basear em modismos pedagógicos. O castelo que ruiu desta vez foi o famoso construtivismo. Segundo a reportagem, “mais de 60% das escolas públicas e particulares no Brasil se identificam como adeptas do construtivismo. Sendo assim, parece óbvio que seis de cada dez crianças brasileiras estão sendo educadas com base em uma doutrina didática cuja natureza, objetivos e lógica devem ser de amplo conhecimento de diretores, professores e pais. Correto? Errado. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) desvenda um cenário obscuro. Em plena era da internet, os conceitos do construtivismo parecem ter chegado ao Brasil via as ondas curtas de 49 metros de propagação troposférica, com suas falhas e chiados. Ninguém sabe ao certo como o construtivismo funciona, muito menos saberia listar as razões pelas quais ele foi adotado ou deve ser defendido. Ele é definido erradamente como um ‘método de ensino’. O construtivismo não é um método. É uma teoria sobre o aprendizado infantil posta de pé nos anos 20 do século passado pelo psicólogo suíço Jean Piaget. A teoria do suíço deu credibilidade à concepção segundo a qual a construção do conhecimento pelas crianças é um processo diretamente relacionado à sua experiência no mundo real. Ponto. A aplicação prática feita nas escolas brasileiras tem apenas o mesmo nome da teoria de Piaget. O construtivismo tornou-se uma interpretação livre de um conceito originalmente racional e coerente. Ele adquiriu várias facetas no Brasil. Unifica-as o primado da realidade da criança sobre os conceitos básicos das disciplinas tradicionais. Traduzindo e caricaturando: como não faz frio suficiente na Amazônia para congelar os rios, um aluno daquela região pode jamais aprender os mecanismos físicos que produzem esse estado da água apenas por ele não fazer parte de sua realidade. Isso está mais longe de Piaget do que Madonna da castidade.”

Leia mais alguns trechos da reportagem: “A experiência mostra que as interpretações livres do construtivismo podem ser desastrosas – especialmente quando a escola adota suas versões mais radicais. Nelas, as metas de aprendizado são simplesmente abolidas. O doutor em educação João Batista Oliveira explica: ‘O construtivismo pode se tornar sinônimo de ausência de parâmetros para a educação, deixando o professor sem norte e o aluno à mercê de suas próprias conjecturas.’ Por preguiça ou desconhecimento, essas abordagens radicais da teoria de Piaget são a negação de tudo o que trouxe a humanidade ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico, científico e médico. Sua ampla aceitação no passado teria impedido a maioria das descobertas científicas, como a assepsia, a anestesia, as grandes cirurgias ou o voo do mais pesado que o ar. Sir Isaac Newton (1643-1727), que escreveu as equações das leis naturais, dizia que suas conquistas só haviam sido possíveis porque ele enxergava o mundo ‘do ombro dos gigantes’ que o precederam. O conhecimento que nos trouxe até aqui é cumulativo, meritocrático, metódico, organizado em currículos que fornecem um mapa e um plano de voo para o jovem aprendiz. Jogar a responsabilidade de como aprender sobre os ombros do aprendiz não é estúpido. É cruel. [...]

“A origem latina da palavra professor deveria ser um guia para todo o processo de aprendizado. O professor é alguém que professa, proclama, atesta e transmite o conhecimento adquirido por ele em uma arte ou ciência. [...]

“Um conjunto de pesquisas internacionais chama atenção para o fato de que, em certas disciplinas do ensino básico, o construtivismo pode ser ainda mais danoso – especialmente na fase de alfabetização. [...] De acordo com a mais completa compilação de estudos já feita sobre o tema, consolidada pelo departamento de educação americano, os estudantes submetidos a esse método de alfabetização têm se saído pior do que os que são ensinados pelo sistema tradicional. Foi com base em tal constatação que a Inglaterra, a França e os Estados Unidos abandonaram de vez o construtivismo nessa etapa. O departamento de educação americano também o contraindicou para o ensino da matemática – isso depois de uma sucessão de maus indicadores na sala de aula.

“O construtivismo ganhou força na pedagogia durante a década de 70, época em que textos de Piaget e de alguns de seus seguidores, como o psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934), vários dos quais traduzidos para o inglês, foram descobertos nas universidades americanas. Foi a partir daí que a corrente se disseminou por escolas dos Estados Unidos e da Europa. No Brasil, virou moda. Uma década mais tarde, porém, tal corrente começaria a ser gradativamente abandonada nos países que a adotaram pioneiramente. Os responsáveis pelo sistema educacional daqueles países chegaram a uma mesma conclusão: a de que a adoção de uma filosofia que não se traduzia em um método claro de ensino deixava os professores perdidos, deteriorando o desempenho dos alunos. Hoje, são poucos os países ainda entusiastas do construtivismo. Entre eles estão todos os de pior desempenho nas avaliações internacionais de educação. Com seis de cada dez crianças brasileiras entregues a escolas que se dizem adeptas do construtivismo, é de exigir que diretores, professores, pais e autoridades de educação entendam como se atolaram nesse pântano e tenham um plano de como sair dele.

Nota: É curioso ver a mesma imprensa que em alguns momentos incensa a novidade tendo que recuar num mea culpa engasgado na garganta. O prejuízo do modismo construtivista foi monumental e deixará trágicas sequelas. É sempre mais seguro confiar naquilo que já está firmemente estabelecido e comprovado, como a Educação Adventista, que tem mais de um século de história e é fundamentada nos princípios infalíveis da Bíblia Sagrada. Pra que trocar o certo pelo duvidoso?[MB]



O ensino no Brasil é caótico, deficitário e geralmente tem os resultados exagerados pelos governos que teimam em não ver o óbvio.

O discurso dos políticos e a realidade que vemos nas escolas públicas (e em algumas particulares) não poderiam refletir nada mais oposto e impossível de enquadrar. A propaganda do MEC – Ministério da Educação e Cultura – veiculada nas televisões brasileiras é bela e repleta de lirismo. O discurso usado na propaganda é quase uma cópia fiel do discurso político oportunista e totalmente vazio que estamos cansados de ouvir eleição após eleição: “Venha ser professor!” – A propaganda emocionante termina com uma convocação após imagens do mundo todo em que o professor é exaltado por ser o responsável pela virada evolutiva de inúmeros países.

Mentira? Não. Uma verdade avassaladora e que todos sabem. O Japão, a Alemanha, a França e inúmeros outros países que foram completamente arrasados durante a Segunda Guerra Mundial, usaram os recursos oferecidos a eles, para investir na formação de cérebros. Professores foram formados nos melhores centros acadêmicos do mundo, bem pagos, valorizados e representaram o seu papel em escolas construídas ou reconstruídas com o único objetivo de ensinar.

O Brasil também recebeu “uma grana preta” do famoso “Plano Marshall”. Mas aqui, Getúlio Vargas o “Pai dos Pobres”, resolveu que o dinheiro seria mais bem investido na compra de Sandálias Alpargatas para os pobres do nordeste. Foi lindo! Todos os miseráveis e famintos nordestinos andando pela caatinga com lindas sandálias alpargatas novinhas. Getúlio foi aplaudido e idolatrado por “se preocupar com o povo e com os pobres”. O engraçado é que passados sessenta anos do conflito, aqueles pobres que receberam as alpargatas continuam pobres e miseráveis. As sandálias se desgastaram no solo árido da caatinga ou nas carrocerias dos “paus-de-arara”, que lotaram as estradas com a mão-de-obra barata e sem qualificação de milhões de nordestinos que não tinham como se sustentar em seus estados.




O assistencialismo é assim. Você priva os pobres da possibilidade de libertação, permitindo que eles apenas sobrevivam com os agrados que você dá. Depois que o agrado acaba, o pobre continua pobre e agora é um escravo seu.

A educação não. Um pobre instruído, educado e formado numa boa escola, tem em mãos um patrimônio que é só dele. Com o saber, ele pode buscar novas fronteiras e libertar-se da miséria por sua própria força e através do seu trabalho. Ele não é mais um escravo e não precisará mais de sandálias, bolsas, cestas e de qualquer outra esmola.

E foi assim no Japão, na Alemanha, na França e depois na Coréia do Sul e nos famosos “Tigres Asiáticos”. Enquanto o Brasil caminhava, com suas sandálias alpargatas no pó da miséria e do assistencialismo; essas nações calçavam os sapatos da educação e corriam rumo ao futuro. Impulsionadas por seus professores motivados, bem pagos e bem formados.

Valorizar o professor; fazer com que as famílias entendam que a escola deve ser vista como uma extensão do lar e não como um centro de reclusão ou um lugar onde seus filhos devam ser depositados para aprender todos os aspectos da vida em sociedade; além de garantir que os professores retomem a autoridade e conquistem o respeito de seus alunos, sem acobertar as indisciplinas e violências praticadas pelos “inocentes anjinhos”, são as condições para termos uma escola melhor e mais produtiva.

Da mesma forma, o professor para ser respeitado deve possuir as condições mínimas de impor respeito. Quem respeita um maltrapilho? Quem respeita alguém que é desvalorizado e desrespeitado por seus próprios superiores? Quem respeita alguém que se veste mal e que não representa o sucesso porque não tem condições profissionais dignas? Como associar a educação ao sucesso e ao bom; se o professor é visto pela sociedade como um mendigo e um pedinte?

A chave para o sucesso do Brasil não é o pré-sal, o Lula e nenhum outro salvador da pátria que apareça. A chave é aplicar o dinheiro que já existe. Bastaria que um valor, correspondente ao usado para comprar os 36 caças, que equiparão nossa força aérea, fosse aplicado na educação.

Apenas com esse valor (que corresponde a todo o orçamento da educação para o ano de 2009) já teríamos o suficiente para que os professores ganhassem um salário digno e obtivessem meios para se atualizarem. Seria possível que as escolas fossem bem equipadas e melhoradas. Teríamos livros escolares de melhor qualidade e poderíamos ter em cada escola um laboratório de informática, contando com professores e profissionais motivados.

A solução é simples, o dinheiro existe e chegou o momento. Basta apenas deixarmos de aceitar as malditas sandálias alpargatas e olhamos pelos professores e para o futuro.






A edição desta semana da revista Veja mostra, mais uma vez, que não é seguro se basear em modismos pedagógicos. O castelo que ruiu desta vez foi o famoso construtivismo. Segundo a reportagem, “mais de 60% das escolas públicas e particulares no Brasil se identificam como adeptas do construtivismo. Sendo assim, parece óbvio que seis de cada dez crianças brasileiras estão sendo educadas com base em uma doutrina didática cuja natureza, objetivos e lógica devem ser de amplo conhecimento de diretores, professores e pais. Correto? Errado. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) desvenda um cenário obscuro. Em plena era da internet, os conceitos do construtivismo parecem ter chegado ao Brasil via as ondas curtas de 49 metros de propagação troposférica, com suas falhas e chiados. Ninguém sabe ao certo como o construtivismo funciona, muito menos saberia listar as razões pelas quais ele foi adotado ou deve ser defendido. Ele é definido erradamente como um ‘método de ensino’. O construtivismo não é um método. É uma teoria sobre o aprendizado infantil posta de pé nos anos 20 do século passado pelo psicólogo suíço Jean Piaget. A teoria do suíço deu credibilidade à concepção segundo a qual a construção do conhecimento pelas crianças é um processo diretamente relacionado à sua experiência no mundo real. Ponto. A aplicação prática feita nas escolas brasileiras tem apenas o mesmo nome da teoria de Piaget. O construtivismo tornou-se uma interpretação livre de um conceito originalmente racional e coerente. Ele adquiriu várias facetas no Brasil. Unifica-as o primado da realidade da criança sobre os conceitos básicos das disciplinas tradicionais. Traduzindo e caricaturando: como não faz frio suficiente na Amazônia para congelar os rios, um aluno daquela região pode jamais aprender os mecanismos físicos que produzem esse estado da água apenas por ele não fazer parte de sua realidade. Isso está mais longe de Piaget do que Madonna da castidade.”

Leia mais alguns trechos da reportagem: “A experiência mostra que as interpretações livres do construtivismo podem ser desastrosas – especialmente quando a escola adota suas versões mais radicais. Nelas, as metas de aprendizado são simplesmente abolidas. O doutor em educação João Batista Oliveira explica: ‘O construtivismo pode se tornar sinônimo de ausência de parâmetros para a educação, deixando o professor sem norte e o aluno à mercê de suas próprias conjecturas.’ Por preguiça ou desconhecimento, essas abordagens radicais da teoria de Piaget são a negação de tudo o que trouxe a humanidade ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico, científico e médico. Sua ampla aceitação no passado teria impedido a maioria das descobertas científicas, como a assepsia, a anestesia, as grandes cirurgias ou o voo do mais pesado que o ar. Sir Isaac Newton (1643-1727), que escreveu as equações das leis naturais, dizia que suas conquistas só haviam sido possíveis porque ele enxergava o mundo ‘do ombro dos gigantes’ que o precederam. O conhecimento que nos trouxe até aqui é cumulativo, meritocrático, metódico, organizado em currículos que fornecem um mapa e um plano de voo para o jovem aprendiz. Jogar a responsabilidade de como aprender sobre os ombros do aprendiz não é estúpido. É cruel. [...]

“A origem latina da palavra professor deveria ser um guia para todo o processo de aprendizado. O professor é alguém que professa, proclama, atesta e transmite o conhecimento adquirido por ele em uma arte ou ciência. [...]

“Um conjunto de pesquisas internacionais chama atenção para o fato de que, em certas disciplinas do ensino básico, o construtivismo pode ser ainda mais danoso – especialmente na fase de alfabetização. [...] De acordo com a mais completa compilação de estudos já feita sobre o tema, consolidada pelo departamento de educação americano, os estudantes submetidos a esse método de alfabetização têm se saído pior do que os que são ensinados pelo sistema tradicional. Foi com base em tal constatação que a Inglaterra, a França e os Estados Unidos abandonaram de vez o construtivismo nessa etapa. O departamento de educação americano também o contraindicou para o ensino da matemática – isso depois de uma sucessão de maus indicadores na sala de aula.

“O construtivismo ganhou força na pedagogia durante a década de 70, época em que textos de Piaget e de alguns de seus seguidores, como o psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934), vários dos quais traduzidos para o inglês, foram descobertos nas universidades americanas. Foi a partir daí que a corrente se disseminou por escolas dos Estados Unidos e da Europa. No Brasil, virou moda. Uma década mais tarde, porém, tal corrente começaria a ser gradativamente abandonada nos países que a adotaram pioneiramente. Os responsáveis pelo sistema educacional daqueles países chegaram a uma mesma conclusão: a de que a adoção de uma filosofia que não se traduzia em um método claro de ensino deixava os professores perdidos, deteriorando o desempenho dos alunos. Hoje, são poucos os países ainda entusiastas do construtivismo. Entre eles estão todos os de pior desempenho nas avaliações internacionais de educação. Com seis de cada dez crianças brasileiras entregues a escolas que se dizem adeptas do construtivismo, é de exigir que diretores, professores, pais e autoridades de educação entendam como se atolaram nesse pântano e tenham um plano de como sair dele.

Nota: É curioso ver a mesma imprensa que em alguns momentos incensa a novidade tendo que recuar num mea culpa engasgado na garganta. O prejuízo do modismo construtivista foi monumental e deixará trágicas sequelas. É sempre mais seguro confiar naquilo que já está firmemente estabelecido e comprovado, como a Educação Adventista, que tem mais de um século de história e é fundamentada nos princípios infalíveis da Bíblia Sagrada. Pra que trocar o certo pelo duvidoso?[MB]

Salto no escuro

Seis de cada dez crianças brasileiras estudam segundo
os dogmas do construtivismo, um sistema adotado por países com os piores indicadores de ensino do mundo


Mais de 60% das escolas públicas e particulares no Brasil se identificam como adeptas do construtivismo. Sendo assim, parece óbvio que seis de cada dez crianças brasileiras estão sendo educadas com base em uma doutrina didática cuja natureza, objetivos e lógica devem ser de amplo conhecimento de diretores, professores e pais. Correto? Errado. Uma pesquisa conduzida pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) desvenda um cenário obscuro. Em plena era da internet, os conceitos do construtivismo parecem ter chegado ao Brasil via as ondas curtas de 49 metros de propagação troposférica, com suas falhas e chiados. Ninguém sabe ao certo como o construtivismo funciona, muito menos saberia listar as razões pelas quais ele foi adotado ou deve ser defendido.

Ele é definido erradamente como um "método de ensino". O construtivismo não é um método. É uma teoria sobre o aprendizado infantil posta de pé nos anos 20 do século passado pelo psicólogo suíço Jean Piaget. A teoria do suíço deu credibilidade à concepção segundo a qual a construção do conhecimento pelas crianças é um processo diretamente relacionado à sua experiência no mundo real. Ponto. A aplicação prática feita nas escolas brasileiras tem apenas o mesmo nome da teoria de Piaget. O construtivismo tornou-se uma interpretação livre de um conceito originalmente racional e coerente. Ele adquiriu várias facetas no Brasil. Unifica-as o primado da realidade da criança sobre os conceitos básicos das disciplinas tradicionais. Traduzindo e caricaturando: como não faz frio suficiente na Amazônia para congelar os rios, um aluno daquela região pode jamais aprender os mecanismos físicos que produzem esse estado da água apenas por ele não fazer parte de sua realidade. Isso está mais longe de Piaget do que Madonna da castidade.

A experiência mostra que as interpretações livres do construtivismo podem ser desastrosas – especialmente quando a escola adota suas versões mais radicais. Nelas, as metas de aprendizado são simplesmente abolidas. O doutor em educação João Batista Oliveira explica: "O construtivismo pode se tornar sinônimo de ausência de parâmetros para a educação, deixando o professor sem norte e o aluno à mercê de suas próprias conjecturas". Por preguiça ou desconhecimento, essas abordagens radicais da teoria de Piaget são a negação de tudo o que trouxe a humanidade ao atual estágio de desenvolvimento tecnológico, científico e médico. Sua ampla aceitação no passado teria impedido a maioria das descobertas científicas, como a assepsia, a anestesia, as grandes cirurgias ou o voo do mais pesado que o ar. Sir Isaac Newton (1643-1727), que escreveu as equações das leis naturais, dizia que suas conquistas só haviam sido possíveis porque ele enxergava o mundo "do ombro dos gigantes" que o precederam. O conhecimento que nos trouxe até aqui é cumulativo, meritocrático, metódico, organizado em currículos que fornecem um mapa e um plano de voo para o jovem aprendiz. Jogar a responsabilidade de como aprender sobre os ombros do aprendiz não é estúpido. É cruel.

Em um país como o Brasil, onde as carências educacionais são agudas, em especial a má formação dos professores, a existência de um método rigoroso, de uma liturgia de ensino na sala de aula, é quase obrigatória. A origem latina da palavra professor deveria ser um guia para todo o processo de aprendizado. O professor é alguém que professa, proclama, atesta e transmite o conhecimento adquirido por ele em uma arte ou ciência. Nada mais longe da realidade brasileira, em que menos da metade dos professores é formada nas disciplinas que ensina. À luz das versões tropicais do construtivismo, essa deficiência é até uma vantagem, pois, afinal, cabe aos próprios alunos definir com base em sua realidade o que querem aprender. É claro que um modelo assim já seria difícil funcionar em uma sala de aula ideal, com um mestre iluminado cercado de poucos e brilhantes pupilos. Nas salas de aula da realidade brasileira, é impossível que essa abordagem leniente dê certo. Adverte o doutor em psicologia Fernando Capovilla, da Universidade de São Paulo (USP): "As aulas construtivistas frequentemente caem no vazio e privam o aluno de conteúdos relevantes".

Um conjunto de pesquisas internacionais chama atenção para o fato de que, em certas disciplinas do ensino básico, o construtivismo pode ser ainda mais danoso – especialmente na fase de alfabetização. Enquanto na pedagogia tradicional (a do bê-á-bá) as crianças são apresentadas às letras do alfabeto e aos seus sons, depois vão formando sílabas até chegar às palavras, os construtivistas suprimem os fonemas e já mostram ao aluno a palavra pronta, sempre associada a uma imagem (veja o quadro). A ideia é que, ao ser exposto repetidamente àquela grafia que se refere a um objeto conhecido, ele acabe por assimilá-la, como que por osmose. De acordo com a mais completa compilação de estudos já feita sobre o tema, consolidada pelo departamento de educação americano, os estudantes submetidos a esse método de alfabetização têm se saído pior do que os que são ensinados pelo sistema tradicional. Foi com base em tal constatação que a Inglaterra, a França e os Estados Unidos abandonaram de vez o construtivismo nessa etapa. O departamento de educação americano também o contraindicou para o ensino da matemática – isso depois de uma sucessão de maus indicadores na sala de aula.

O construtivismo ganhou força na pedagogia durante a década de 70, época em que textos de Piaget e de alguns de seus seguidores, como o psicólogo russo Lev Vygotsky (1896-1934), vários dos quais traduzidos para o inglês, foram descobertos nas universidades americanas. Foi a partir daí que a corrente se disseminou por escolas dos Estados Unidos e da Europa. No Brasil, virou moda. Uma década mais tarde, porém, tal corrente começaria a ser gradativamente abandonada nos países que a adotaram pioneiramente. Os responsáveis pelo sistema educacional daqueles países chegaram a uma mesma conclusão: a de que a adoção de uma filosofia que não se traduzia em um método claro de ensino deixava os professores perdidos, deteriorando o desempenho dos alunos. Hoje, são poucos os países ainda entusiastas do construtivismo. Entre eles estão todos os de pior desempenho nas avaliações internacionais de educação. Com seis de cada dez crianças brasileiras entregues a escolas que se dizem adeptas do construtivismo, é de exigir que diretores, professores, pais e autoridades de educação entendam como se atolaram nesse pântano e tenham um plano de como sair dele.

Veja também: A desconstrução do construtivismo
Comentários:

Anônimo disse...
Realmente lamentável a forma leviana e irresponsável como o assunto foi tratado pela Veja.

17 de maio de 2010 15:55
Andrea Garcez disse...
Concordo plenamente! Matéria tendenciosa e superficial, com erros e reducionismo. É certo que muitas escolas que se dizem "construtivistas" pouco conhecem da teoria piagetiana e do método desenvolvido pelo professor Lauro de Oliveira Lima, mas daí a defender um ensino tradicional é um grande retrocesso.

17 de maio de 2010 16:52
Vânia disse...
Concordo plenamente com as suas observações. Nós, educadores conscientes do significado das teorias de Piaget e Vygostki para a educação, e dos avanços que trouxeram, por exemplo, ao respeitar a forma de conhecer da criança (desrespeitada no ensino tradicional existente em nossas escolas), não podemos nos calar diante da mídia. Sugiro que escreva à Veja, com o mesmo teor de seu blog.

Meu comentário: 18 de maio de 2010 17:00

"Desoncordo com você na questão do despreparo do editor da mensagem, mas concordo com no fato de que alguns educadores pregam uma metodologia da qual estes não tem preparo algum, simplesmente fazem belos comentários quando a sua pratica não condiz com o que é dito por eles. Realmente é terrível as condições da educação do nosso país, acho que a causa esta em uma base que não produz frutos e a comprovação disso está no péssimo rendimento do aluno desde o infantil nas áreas de leitura, escrita e calculo. A veja foi bem objetiva na questão de que devemos repensar a nossa metodologia, pois a realidade hoje é cruel e vergonhosa."

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SER ALUNO HOJE


O aluno é um agente social que leva para a escola uma série de experiências acumuladas em casa, no trabalho, no clube, na igreja, etc. Essas experiências do cotidiano tornam o aluno capaz de reelaborar os conceitos emitidos pelo professor. É nessa contraposição entre a experiência do professor e a experiência do aluno que o conhecimento se faz. Ser aluno hoje é ser agente de elaboração do conhecimento e isso só acontece quando o aluno debate, exige do seu professor, quando o questiona.

Atualmente está sendo difícil concentrar o aluno em sala de aula com exercícios copiados da lousa, onde o aluno fica o tempo todo copiando, ouvindo o professor. O aluno vem com uma bagagem muito grande de conhecimento, principalmente no que diz respeito a novas tecnologias.

Alguns alunos de hoje não estão interessados em aprender e sim alcançar a média para passar de ano, pois aprender se tornou uma obrigação e não um desejo. Para outros, os alunos de hoje têm estabelecido compromisso com o aprendizado, isto que ele adquiriram o que por muitos anos lhes foram negado o direito de voz, hoje os alunos se expressam livremente, expõem suas opiniões, e isto faz com que os alunos tenha vontade de aprender existindo um compromisso com o seu aprendizado, visto que este se faze por intermédio do próprio aluno.

Há duas classes bem distintas em relação aos alunos de ensino Fundamental e Médio. Os alunos ricos e os alunos pobres. Os alunos ricos estudam na rede particular. Com certeza os filhos dos políticos, industriais, juristas, grandes comerciantes (nobreza e alta burguesia em geral) recebendo como de costume ensino de primeira qualidade, em escola de primeira qualidade, com professores de alto nível, para que o domínio desta "casta nacional" seja perpetuado. Enquanto isso, os alunos pobres (dominados e oprimidos), que estudam na rede pública. Os alunos pobres só querem estudar para "ser" alguém na vida, mesmo que "ser" alguém signifique ser usado e tratado como "coisa" para produzir "coisas", que acabam dando grandes lucros para os seus "proprietários".

Ao chegar ao Ensino Superior, acontece o reverso. O aluno que estudou em Escola Particular, por receber uma Educação, 'melhor', ou seja, uma didática tecnicista, se sobressai melhor que o aluno da Escola Publica nos vestibulares, e desta forma, permanece no ensino Superior em Universidades Publicas ou Federais, que possuem um melhor reconhecimento pelo ENADE. Enquanto as vagas nas Federais se esgotaram, resta ar ao aluno público as Faculdades Particulares, onde os vestibulares são mais fáceis e acessíveis.

O Aluno superior sofre muito também. Possuem falta de interesse, de motivação ou de comprometimento com a própria aprendizagem; passividade, individualismo. Interesse na nota e em passar de ano e/ou obter diploma; falta de disciplina, hábitos de estudo insuficientes. Também há fatores negativos referentes à escolaridade anterior: nível de conhecimento ou pré-requisitos insuficientes para acompanhar a graduação; dificuldade na interpretação, redação e leitura; dificuldade de raciocínio, falta de senso-crítico; falta de tempo para estudar, com pouco contato extraclasse e principalmente o aluno trabalhador.

SER ALUNO HOJE publicado 1/10/2009 por JAIME ROBERTO THOMAZ :
http://www.webartigos.com">

Acidentes com vítimas e morte chocam a cidade de Guariba

Por volta das 8h20 da manhã de domingo na vicinal Guariba - Motuca, José Antonio Rodrigues de Morais, trafegava com sua moto yamaha 125 quando em uma curva colidiu frontalmente com um veículo Opala. Segundo consta no Boletim de Ocorrência, ele teria ultrapassado o limite divisor da pista. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.

E em Guariba, um menino de nove anos acabou sendo atropelado por um veículo quando atravessou na frente de um veículo na rua Otavio Evangelista de Souza, ele foi socorrido e transferido para Ribeirão Preto com ferimentos graves.

Mais um caso aconteceu na madrugada de domingo, no Jadim Monte Alegre. Em um bar, um homem acabou discutindo com uma mulher, que sacou uma faca e desferiu um golpe no peito da vítima. Ele foi socorrido, mas não resistiu ao ferimento e morreu. A polícia acabou prendendo a mulher em flagrante e foi encaminhada para cadeia de Pradópolis. A arma branca não foi localizada, pois a autora jogou em um terreno.

Briga de traficantes coloca Guariba entre as cidades mais violentas

Cidade de 34,5 mil habitantes tem dois assassinatos em três dias
EPTV 11/12/2010 - 20:23

A briga pelo controle do tráfico de drogas põe Guariba no topo do ranking das cidades mais violentas da região. Este ano, a cidade de 34,5 mil habitantes registrou pelo menos 11 homicídios, número que só é menor do que o de Ribeirão Preto entre as cidades da região. Neste sábado (11), dois homens foram baleados em uma troca de tiros e um deles morreu.

Segundo a polícia, Roberval Amorim dos Santos, de 22 anos, e Edmar de Souza, de 20 anos, estavam em um bar no bairro Nelson Caporuço quando foram surpreendidos por quatro homens que desceram de um carro e começaram a atirar.

Santos não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Souza foi atingido de raspão na cabeça e está em observação na Santa Casa de Guariba.

No local do crime, a polícia recolheu cápsulas de vários calibres diferentes, o que indica que o grupo estava bem armado na hora da ação.

Foi o segundo assassinato em Guariba, em apenas três dias. Na quinta-feira (9), Edmar dos Santos, de 22 anos, foi morto com um tiro na cabeça e outro nas costas por José Carlos Rodrigues, de 18 anos, quando andava de bicicleta.

A polícia acredita que dois grupos rivais estão brigando pelo controle do tráfico de drogas na cidade.

Questoes da Prova do Tiririca RSRSRSRS‏



1 - Um presidente brasileiro foi Castelo _________
( ) Roxo ( ) Preto ( ) Branco ( ) Rosa choque ( ) Amarelo

2- O maior rio do Brasil chama-se Ama_________
( ) boates ( ) zonas ( ) cabarés ( ) relinho ( ) ciante

3- Quem descobriu a rota marítima para as Índias foi __________
( ) América ( ) Botafogo ( ) Flamengo ( ) Fluminense ( ) Vasco da Gama

4- A América foi descoberta por Cristóvão Co_______
( ) maminha ( ) picanha ( ) alcatra ( ) lombo ( ) fraldinha

5- Foi um grande Bandeirante: Borba _______
( ) Lebre ( ) Zebra ( ) Gato ( ) Veado ( ) Vaca

6- Quem escreveu ao Rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil foi Pero Vaz de ________
( ) Anda ( ) Para ( ) Corre ( ) Dispara ( ) Caminha

7- Um famoso ministro de Portugal foi o Marquês de _________
( ) Galinheiro ( ) Puteiro ( ) Curral ( ) Pombal ( ) Chiqueiro

8- Pedro Alvares Cabral _____________
( ) inventou o fuzil ( ) engoliu o cantil ( ) descobriu o Brasil ( ) foi pra puta que o pariu ( ) se coloriu de anil

9- Foi no dia 13 de maio que a Princesa Isabel____________
( ) botou água na fervura ( ) engoliu a dentadura ( ) segurou a coisa dura ( ) aboliu a escravatura

10- Um grande ator brasileiro é Francisco Cu______
( ) sujo ( ) de ferro ( ) oco ( ) largo ( ) apertado

11- O autor de Menino do Engenho foi José Lins do ______
( ) Fiofó ( ) Cu ( ) Rego ( ) Furico ( ) Forevis

12- O mártir da independência foi Tira___________
( ) gosto ( ) que está doendo ( ) e põe de novo ( ) dentes ( ) cabaço

13- D. Pedro I, às margens do Rio Ipiranga, gritou_______________
( ) Hortência volte!
( ) Eu dou por esporte!
( ) Como dói, prefiro a morte!
( ) Independência ou morte!
( ) Maria, endureceu! Que sorte!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Alunos e escola: adversários ou aliados?


O senso comum mostra-nos que a relação entre aluno e escola apresenta múltiplas fases ao longo do caminho do indivíduo. Nos primeiros anos, nomeadamente creche e infantário, ou mesmo ensino básico, as crianças ficam ansiosas por ir para a escola: é lá que estão os seus colegas de brincadeiras, os educadores/professores são durante alguns anos os mesmos, pelo que as relações afectivas são intensificadas e todos os conceitos são apreendidos de forma agradável e lúdica.

A desvalorização do lado afectivo, a introdução de maior formalidade no relacionamento e a constante troca de professores consoante as disciplinas, faz com que se registe um esmorecimento nesta relação entre alunos e escola.

Em Portugal, o sistema educativo tem vindo a sofrer grandes alterações. Diminuíram substancialmente os alunos do 1º ciclo do Ensino Básico, procedeu-se à obrigatoriedade da escolarização até ao 9º ano, o ensino secundário foi palco de sucessivas e controversas transformações. O panorama escolar não é muito animador, conforme retratam os meios audiovisuais: alto índice de retenções, sendo a matemática o real «calcanhar de Aquiles» de qualquer Ministério da Educação, o abandono e absentismo escolar, a violência e indisciplina no espaço escolar. Por outro lado, a exigência do Ministério da Educação no cumprimento dos conteúdos programáticos, a falta de coesão entre o corpo docente, faz com que estes se alheiem dos alunos e não tenham disponibilidade para os problemas decorrentes da juventude.

Se os alunos são provenientes de famílias organizadas com razoável cultura e escolaridade, conseguem aprender e serem alunos com aproveitamento. Contrariamente, se provêm de uma base familiar desagregada, com inúmeros problemas, rapidamente caminham para a reprovação, indisciplina e mesmo violência. A este propósito, o "Jornal de Noticias" do dia 3 de Maio de 2004 relata uma notícia de um adolescente de 13 anos que se encontra em tratamento numa clínica de recuperação de toxicodependentes e que na escola "atirava cadeiras à professora", possuindo actualmente o segundo ano do ensino básico, não sabendo ler nem escrever, somente assinar o seu nome.

Felizmente, em muitas escolas, o panorama é diferente. A comunidade educativa organiza-se mesmo que minimamente e em conjunto, professores, alunos, pais e funcionários reflectem sobre as diversas temáticas ou problemas.

A organização pedagógica da escola é o pilar essencial para a prevenção dos problemas relacionados com o abandono, absentismo, indisciplina e violência.

A violência na escola


Os meios de comunicação audiovisual, não raras vezes retratam acontecimentos violentos protagonizados pelos alunos nas escolas. De facto, "inverteram-se os papéis; os métodos violentos de alguns professores eram tradicionalmente mais frequentes no mundo escolar: castigo físico, humilhações verbais…" (Fermoso: 1998:85). Actualmente, os professores não podem exercer qualquer tipo de castigo aos alunos sob pena de sofrerem sanções disciplinares, mas e os alunos? Que perfil apresentam os adolescentes que se envolvem em actos de violência nas escolas portuguesas?

Um estudo realizado em 2001 por Margarida Matos e Susana Carvalhosa baseado em inquéritos a 6903 alunos de escolas escolhidas aleatoriamente, com as idades médias de 11, 13 e 16 anos, analisaram a violência na escola entre vítimas, provocadores (incitação na forma de insulto ou gozo de um aluno mais velho e mais forte do que o outro) e outros (similarmente vítimas e provocadores) demonstram os seguintes dados bastante curiosos:


◦Mais de metade dos alunos inqueridos são do sexo feminino (53.0%);


◦25.7% dos jovens afirmaram terem estado envolvidos em comportamentos de violência, tanto como vitimas, provocadores ou duplamente envolvidos;


◦As vítimas de violência são maioritariamente masculinas (58.0%);


◦Os inqueridos que se envolveram em comportamentos de violência em todas as suas formas situavam-se nos 13 anos de idade;


◦Os jovens provocadores de violência são aqueles que têm hábitos de consumo de tabaco, álcool e mesmo de embriaguez. Também são os que experimentaram e consumiram drogas no mês anterior à realização do inquérito;


◦Quanto às lutas, nos últimos meses anteriores ao inquérito, 19.08% dos jovens envolveram-se em comportamentos violentos;


◦Os vitimados pela violência, são os que andam com armas (navalha ou pistola) com o intuito da sua própria defesa;


◦Os adolescentes que vêem televisão quatro horas ou mais por dia são os que estão mais frequentemente envolvidos em actos de violência;


◦As vítimas e os agentes de violência não gostam de ir à escola, acham aborrecido ter que a frequentar e não se sentem seguros no espaço escolar;


◦Para os actores de violência a comunicação com as figuras parentais é difícil;


◦16.05% das vítimas vive em famílias monoparentais e 10.9% dos provocadores vive com famílias reconstruídas;


◦Quanto aos professores, os alunos sujeitos e alvos de violência consideram que estes não os encorajam a expressar os seus pontos de vista, não os tratam com justiça, não os ajudam quando eles precisam e não se interessam por eles enquanto pessoas;


◦Em relação ao relacionamento entre grupo de pares, estes adolescentes referem a pouca simpatia e préstimo e não-aceitação por parte dos colegas de turma, a dificuldade em obter novas amizades, ausência quase total de amigos íntimos.

Este estudo vem reforçar a relevância dos contextos sociais dos jovens, aparecendo bem focados como factores desencadeadores de comportamentos violentos a desagregação familiar, a pouca ou inexistente atracção pela escola, o grupo de amigos aliados à posse de armas, consumo de estupefacientes, álcool e tabaco e visionamento excessivo de televisão.

Os comportamentos violentos na escola têm uma intencionalidade lesiva. Podem ser exógenos, ou seja, determinados de fora para dentro, como acontece nos bairros degradados invadidos pela miséria e pela toxicodependência, onde agentes estranhos ao meio o invadem e destroem; pode tratar-se de violência contra a escola, em que alunos problema assumem um verdadeiro desafio à ordem e à hierarquia escolares, destruindo material e impondo um clima de desrespeito permanente; ou são simplesmente comportamentos violentos na escola, que ocorrem sobretudo quando esta não organiza ambientes suficientemente tranquilos para a construção de valores característicos a este local. A violência pode ser desencadeada fruto de muitas situações de indisciplina que não foram resolvidas e que constituem a origem de um comportamento mais agressivo.

Para combater a violência, a escola tem de analisar a forma como é exercido o seu controlo, tem que se organizar pedagogicamente, para conseguir deter a violência não só interior mas também exterior.